Visto de trabalho na Europa

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O visto é um documento que permite visitar determinado local fora de seu país e deve respeitar uma série de exigências para que seja concedido. No caso de trabalhar em outro país, a questão fica ainda mais complexa. Afinal, a mão de obra externa, a contratação do expatriado, pode tirar a vaga de um cidadão local e isso reflete na situação econômica de uma nação. Mas será que é possível trabalhar na Europa sendo brasileiro? A resposta é sim!

Todo país estuda políticas públicas para inserção de mão de obra de pessoas de outras nacionalidades, embora a atividade possa interferir na política e economia locais, há a positividade do intercâmbio cultural não só entre os cidadãos, mas também na linguagem do mundo corporativo, de governança, lideranças, entre outros que, quando utilizado com embasamento, favorece a todos – por isso que as empresas globais crescem pelo mundo cada vez mais.

Vistos e vagas

Para que isso seja possível, os governos estudam o mercado de trabalho e a formação de seus profissionais – desde as escolas até as empresas – para que as vagas sejam abertas aos expatriados. Normalmente, acontece quando há demanda de vagas e o sistema educacional não forma estes profissionais com as mesmas características exigidas pelas empresas: seja em currículo ou em número necessário. Somado a esses resultados, uma série de normas quanto ao visto também são criadas.

Na Irlanda, por exemplo, além dos vistos (chamados stamps) para turismo, há algumas categorias que possibilitam o trabalho de expatriados, como os stamps 1, 2, 2A e 4, work permit, entre outros. Assim, primeiramente, é preciso saber saber se a sua contratação é viável por meio do Critical Skills, que é a lista do governo irlandês com as áreas permitidas para a contratação e então buscar as vagas disponíveis.

Os Stamps

Se o seu interesse é aplicar para vagas de trabalho formal na Irlanda, o Stamp 2, fornecido aos estudantes (permite o trabalho de até 20 horas semanais; 40h durante as férias), é um limitador para algumas vagas, pois as empresas não têm interesse em recrutar neste curto período, uma vez que os contratos giram entre 6 meses a um ano, inicialmente.

Essa condição, no entanto, exclui empresas de eventos, ou trabalho como tradução e outros na área de entretenimento, que contratam part-time – áreas que são consideradas inelegíveis para o governo, portanto, sem visto de trabalho, somente atuação legal enquanto estudante. Porém, se você está estudando, considere, também, candidatar-se para estágios não remunerados, porque contam como experiência na área e podem te ajudar no futuro.

Os estágios (internship ou part time) são uma ótima oportunidade para quem se encontra nesta condição ou pretende dar um boost no currículo, desde que tenham uma reserva financeira, porque o salário pode ser baixo ou muitas vezes é preciso considerar o estágio não remunerado.

Embora mais raro, mas outra exceção para o Stamp2, os estudantes na área de TI em instituições irlandesas e que tenham uma experiência anterior na área comprovada, têm oportunidade de contratação, uma vez que as empresas estão abertas a estes perfis. Procure mais informações e apoio do governo por meio do programa Graduate Skills Conversion Programe (válido para quem estuda na Irlanda) ou ainda o centro Insight center for Data Analytics, com as tendências do mercado irlandês sobre o tema.

Permissão concedida

O Work Permit (General Employment Permit) e o Green Card (Critical Skills Employment Permit) têm regras similares como o valor do salário, participação do contratante no processo para permissão do visto, entre outros. A principal diferença está nas profissões elegíveis pelo governo, que podem diferenciar no tempo e valor do contrato de trabalho.

Já o Stamp 3 (pessoas casadas com quem tem o Green Card) e 4 (pessoas casadas com irlandeses ou cidadãos da comunidade europeia), oferecem a possibilidade de trabalho ao expatriado, porém, com algumas limitações para o Stamp 3. Por esse motivo, além de comprovar a experiência, invista em cursos em instituições irlandeses que irão avalizar ainda mais seu conhecimento, abrindo portas para o mercado de trabalho formal.

Se você acabou de conquistar a tão sonhada cidadania europeia: aproveite e pesquise sempre sobre os programas de governo de apoio e regulamentação do trabalho para o expatriado.  A informação é poderosa, sobretudo aliada a um currículo organizado e um perfil no LinkedIn afiado para sua futura contratação.

Use e abuse de ferramentas como o LinkedIn, excelente na busca por vagas, sobretudo com as adequações corretas, além do currículo. Crie uma estratégia para sua nova carreira e esteja sempre antenado com seu networking são dicas importantes para sua carreira no exterior.

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